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Todos Vêem as aparências, poucos sentem o que somos !

domingo, 27 de março de 2011

  Em algumas noites, enquanto tudo é silêncio e o mundo dorme, antes que o sono me leve, vejo meus pensamentos se perderem na profundidade de um sentimento perturbador. Nestes momentos, a calma da escuridão do quarto me faz único, de tal sorte que eu deveria ser toda a imensidão das minhas angústias, deveria ser grande; mas irônicamente não sou! Torno-me pequeno de uma forma que me amedronta a hipótese de ser engolido pelo futuro, de uma forma que minha existência se mostra como realmente é diante da "roda viva": um pedaço tão ínfimo que o giro não se afeta na perda.

  O sentimento de que falo é o medo. Medo de não ser tudo aquilo que sonhei, de não ter o que quis pra mim, de não voltar a ver o rosto dos que amo, de não saber onde a estrada vai dar, tudo tão clichê como deve ser... Mas aí o sono me leva, logo depois surge um novo dia e me dou conta de que mesmo sendo ínfimas nossas canções, elas ecoam infinitamente nos corações que tocam. Finalmente recordo que não há chegada, existe apenas a aventura da partida; e no outro dia eu durmo em paz.

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